quinta-feira, setembro 27, 2001

Joana

Minha filha,
Linda e corajosa.

Não quero que ela repita o meu caminho,
Mas quero que me alcance onde estou,
Hoje,
Agora

Quero que aprenda o que puder,
Que sinta tudo,
Que saiba querer,
Que possa falar,
E principalmente,
Que seja dona das suas escolhas

Passando por outra estrada,
Diferente da minha.

Ela vai ter a chance
De escolher certo,
Fazendo os melhores desvios.

Quero que ela salte sempre,
Que transponha todos os obstáculos
E ponha-se no seu lugar,
Ocupando espaços,
Quase sem perceber.

Que seja fácil,
Achar o caminho
E que não doa tanto,
Para ela.

Como queria estar junto,
Podendo soprar,
Dando a cola das respostas certas.
Em cada prova.

Companheira, acompanhando
Passo a passo,
Mostrando tudo
O que já vivi.

Mesmo escondido,
Queria poder apertar aquela mão
Que já segura tão forte
Tanta coisa, tão cedo

Quero que ela tenha todas as rédeas
Da vida.
Sempre ali.

Ao dispor da minha menina
Que já é uma mulher.


Rio,27 de setembro de 2001

quarta-feira, setembro 26, 2001

Cinco da Manhã

São cinco da manhã,
Estou só.
Sem ninguém.

Sem meus filhos, os quatro que pari
A quem dei todas as luzes.
A quem ensinei a gostar do sol,
Sentindo na pele o calor,
E a quem mostrei as luzes coloridas,
Acesas e apagadas
Das árvores, do Natal.
E da vida toda.
Faiscando,
Mudando


Eles, que foram os meus companheiros,
Mais do que aprendizes.
Foram cúmplices
Da curiosidade eterna
Que sempre mantive,
Tanto pelo outro, quanto pelo futuro.
Com eles partilhei as minhas dúvidas,
Minhas discussões e lutas

Infelizmente só as mais de longe.
Calei sobre as que senti na pele.
Na minha
E errei.
Sufocando lágrimas

Não se deve calar,
Os frutos do silêncio sempre explodem.
Apodrecem porque ninguém colhe.
Caem aqui em cima
Dos mudos.

E eles não estão aqui.
Meus filhos, agora.
Fiquei só.

Por isso respeito vozes.
De todo jeito,
Com todos os tons.
Não conheço nada,
Há melodias novas,
Surgindo, sempre.

Não ensinei tudo.
Mas pensei.

Errado.

Nem sempre ganha quem grita mais.
Há também os esganiçados.

Quem sou eu?
O ouvido demora a acostumar.
O novo é sempre estranho.
Choca.

Mas soa bem no dia
Em que se harmoniza com o resto.
Tudo fica doce
Em volta.

Tem um final feliz.
Eu espero.
É meu,
Ainda.


Rio, 25 de setembro, 2001
Liberdade

Passou.
O ontem
Cheguei no hoje, no agora,

Finalmente.

Cheguei em mim, aqui dentro.
Me achei, sou bonita,
Pq não via?

Tirei a venda,
Antiga....
Ela já tinha buracos,
Era rota
Mas mesmo assim eu não via.
Não queria

Mas vejo de novo,
Hoje,
A minha vida.
Repasso tudo
Com novos olhos.
Abertos,
Mesmo nus,
Eles enxergam longe,

Uma super-mulher,
Olhos de raio x para o passado e
Olhos de cartomante para o futuro

Prevendo,
Adivinhando,
Mesmo sabendo o que eu quero pra mim.
É bom imaginar,
O que só eu posso me dar.
Minhas escolhas.
Minha vida.

Acesa

Tô com saudades....
Sinto a tua falta.. o teu riso.
Embarcado no meu,
Quero a tua mão me sentindo,
Explorando, me acendendo,
Quero teu dedo, me atiçando,
Soltando fagulhas,
Labaredas que não se acendem
Só desse jeito,
Só do jeito que você me molha,
E me alarga , me abre...
Impávida, plácida e tua,
Você me forma e
Me transforma,
Você já me tomou, toda.
Te dou esse poder.
Você é o meu mágico,
Que muda lua em água, sol em gelo,
Quem me faz dar voltas, sabendo,
Me tendo,
Conhecendo,
Me sabendo
Toda tua

Explosão

Me come,
Pega, aperta,
Me toma,
Morde, chupa
Acende,
Solta, e prende,
Agarra,
Abre,
Esfrega,
Sente e entra,
Para um minuto, assim.
Brinca de estátua.
Pulsa...
Lateja
Me deixa curtir
Esse instante.
Imóvel....
Segura, eu seguro,
Até não dar mais.
Rebolo,
Mexo,
Vc sai
E volta,
Entra fundo.
Acelera
Acertamos o passo,
Um ritmo.
Esqueço
Só sinto.
Aperto
Espremo
Te faço suco
Sinto mais,
Quase apago,
E explodo,
Com você.

Eu quero

Quero me permitir e me permito.
Quero vc
Todo.
Quero sumir,
Derreter,
Desaparecer,
Para aparecer com vc.
Quero misturar, juntar,
Peles, corpos
Nossos,
Derreter mais.
Lamber,
Beber.
Fazer tudo um,
Juntar cada vez mais,
Me perder com vc, de novo.
E nunca mais pousar.
Em nenhuma gaiola,
Quero viver assim,
Sem saber onde.
Pra que saber?
Se posso sonhar .
Acreditando,
Estando aqui.
Perdida,
Amada,
Agora.

Dúvidas


Tuas dúvidas,
Eu não tenho,
Você me desconhece,
Às vezes

Tenta disfarçar
Mas mostra
Demonstra
Deixa claro


Tento não perceber a desconfiança
Apago, mas não quero sufocar
De novo,
Mais nada,
Nunca mais,
Nunca.

Sei que não se deve dizer nunca,
Mas eu posso,
É direito adquirido.
Digo e repito:
Nunca!

Nem explico, mas conto,
Palavra por palavra,
Dor por dor, uma a uma

Não renego,
Absorvi
É parte de mim,
Dessa nova eu,


Me dou o que sou,
E sou eu,
Com tudo,
O absorvido e o expelido.


A enganada,
Mas fui eu
Quem renegou,
E sou eu agora.

Minha.
Desfruto-me,
Pra quem me dou.
Escolhi.



É meu,
Ninguém tasca,

Viro criança.
Pra defender,
Pra conquistar.
Moleca,

Mas sou muito mulher
Pra seduzir,
E poder

Conquistar e
Reconquistar a cada dia.
Juntos nós dois,
Aqui ou lá,
Perto ou longe,


Você é meu,
E vai ser, sempre
Sou mais guerreira
Lutando por você
Do que o maior guerreiro
Da Guerra de 100 anos


Seremos juntos,
Um do outro.
Homem e Mulher.


Pingos

Olha,
Me vê.
Percebe,
Sente.
Quer.
Me tem.
Cheira
É teu,
O cheiro.
De sexo.
Do meu,
Límpido,
Mas sexo,
Safado,
Sacana
Nosso.


Íntimo.
Cúmplice,
Parceiro.
Chapa

Verdadeiro
Aberto,

Escancarado e
Alastrado.

Água mole em
Pedra dura,
Molha,
Pinga,
Respinga,
Até que Fura

E fura tudo,
Gostoso,

Forte, Intenso,
Completo

Vôo,
Queda livre
Mar aberto,
Vento forte,
Tempestade,
Sem volta.

Prá que voltar?
Estou no meu lugar.



Coisa de Pele

Minha pele nua toca na tua
Devagar...
Que explosão é essa?
Isso que vem vindo quente,
Que vai entrando em cada poro,
Arrepiando cada pelo,
Um a um, levantando, subindo
Espalhando
Maciez, Doçura
Calma.
Preenche e transborda,
Escorre, não deixa largar.
Aperta, mas não machuca
Só junta, gruda, cola

Nossas pernas se enroscam,
As minhas nas tuas,
Perdidas e achadas,
Nosso braços nos contornam, buscando
O que já encontraram.
Só provam
E comprovam


A gente se beija.
A vontade é de entrar nas entranhas tuas.
Mergulhar de cabeça, bem fundo...
A penetração é no corpo inteiro
Almas penetrantes, penetrando.
Deve ser isso que chamam de química,
Coisa de pele.... à flor da pele.

Nua. Nu.
Nós em pelo.
Só que nunca me senti tão vestida,
Tão linda.
Meu manto de rainha
Cauda de noiva
Calda
Cálida
Saborosa soberana
Absoluta


Último Desejo.

Tô com desejo,
De berço,
De pai, de amigo,
De colo de homem.

Aconchego.
Terno,
Mas forte,

Duro
De braço, de músculo,
De força,

Quente,
Que acolhe,
Que excita,
Que adormece,
Que faz sonhar.
Que cuida de tudo.


Coisas boas,
Coisas cruas,
Coisa minhas,

Tuas,
Nossas,

Do mundo.

Coisas, só.

Quero uma só coisa.

O que?
A sua?
De quem é??
Não sei,
Mas eu quero.
Tô só.
Cadê você?

O primeiro não.

Quero o último.
O meu último.
O que vai ser terno.
E eterno.

O doce.

É ele?

Quero o último.
O de depois de tudo,
Depois de todos os gostos.

O último homem da minha vida.
Doçura Macia

Que paixão é essa?
Nem conheço,
Ou até onde conheço.
É estranha.

Mas sinto,
E entendo .

Tá entrando.
E saindo.
Tá me abrindo,
Alargando,
Me entranhando,
Arreganhando,
Me fazendo querer.

Penso nele,
Antes de dormir.
Naqueles últimos sonhos,
Meio inconscientes,
Que são desejo puro.

Onde a gente se entrega,
E a imaginação corre,
Quando todas as fantasias afloram,
Rolam.
Têm começo,
Todos os durante e o fim que a gente deseja.

Quero ser dele,
Domínio puro.
Dele.
Em mim.

De todas as fantasias.
Nossas,
Minhas e dele,
Cada uma a seu tempo.
Contanto que existam,
E elas virão, todas.
Junto com o resto.

Com a doçura dele
E a minha maciez que ele vê.
Com o sabor que eu vou sentir,
Que eu achei pra mim.

Que nunca seja amarga,
A nossa doçura macia.

Dores

Por que vc não ficou?

Eu te quis
Acreditei em mim.
Não em vc, mas só em mim.

Acreditei em mim porque você era você.
Ou eu achei que era.

Errei. Me enganei.

E o pior é que nem aprendi.
Pois continuo te querendo.

Será que foram teus dentes
Ou o teu olhar?
O que entrou mais fundo?

Tuas mãos nas minhas?
Teu jeito de querer ficar?
A tua vontade travada de querer ir?

Mesmo ficando parado.
Em dúvida. Sem sair do lugar.

Não entendo, até agora.
O que te fez entrar em mim desse jeito

Sem querer.
Só eu quis.
Você só deixou.
E mesmo assim eu gostei.
Gosto sempre de sentir.
Mesmo a dor é boa, tantas vezes.

A mordida.
Vc me mordeu muitas vezes.
Mas só uma vez doeu.
E não parou, ainda.
Homem

Cadê você,
Me dá o teu gosto,
Me deixa morder a tua boca,
Mastigar os teu lábios,
Quero te sentir,
A tua pele mordida, mastigada,
Misturada na minha
Quero te sentir mais, a minha fome não para...
Me olha, me vê.
Me enxerga
Dentro de mim, assim toda tua..
Aberta, escancarada,
Com todas as minhas mãos,
Alargando,
As de carne e as de sonho...
Aberta,
Toda,
Tua, toda, inteira tua


Tua mulher,
Tua submissa,
Querendo e sendo a tua dona,
A dos teus sonhos, das tuas vontades
Eu sou tua, mas você não sente tudo,
Ninguém sente, só eu
As dores, as faltas, as vontades de colo

Agora, nesse minuto,
Mas nesse minuto ruim,
Só meu, eu tenho mais a ganhar,
Por isso não divido...
É só meu, assumo,

Sendo uma, inteira...
Tenho um Homem meu que me ama.
Que me enxerga...
Sou dele querendo ser, só por escolha,

E eu quero... nunca ninguém me tomou
E nem eu nunca me dei tanto...

Sou uma, prá um.

Sou dele,
Do meu macho
Do que me mastigou
E que me engoliu,
Toda,
As duas, inteiras,


Juntas,
E fui uma,
dentro dele e dentro de mim,
Porque somos um,
uma alma,

Um gozo inteiro, mútuo, profundo,
Inteiro nosso.
Único




Doce.


Tem gosto de pudim,
De leite moça.
Que lambuza, com calda
Espalha,
Alastra,
Deixa tudo melado,
Mas escorrega,

Mesmo assim,
Vai tomando conta,
Envolve
Me deixa cheia de vontade
Do meu doce,

Fico macia, querendo,
Liqüefeita, molhada,
Aberta ,
Escancarada,
Com medo,

Esperando ser ainda mais doce
Mais quente,
E mais macia....
Mas trêmula

Querendo ficar forte
Com fome
Tomando, pegando,
Apertando o que vai ser meu,
O seu.
Doce, Calda.
Nossa,
Só um.
Egoísta

Pronto,
Consegui o que eu sonhei,
Finalmente!
Fiquei egoísta.

Dona de mim.

E daí, isso é mau?
Querer me gostar,
Me amar,
Me lamber?

Por que seria?

Querer o meu bem é bom,
Me faz bem.

Só assim posso me ver,
Depois de tanto tempo perdida.
Sem me enxergar, de tão pequena.
Sem espelhos.

Quero ser forte sim,
Quero mandar na minha vida.
Mas como o Che,
Nunca perderei a ternura,

Porque confio em mim.
Na minha alma,
No meu ontem,
No que serei e na minha história.
E que história....

Eu sou uma.
E quero ser toda, inteira minha.

Pronto, fiquei egoísta.
Finalmente!


7 de maio de 2001
Cúmplice


Te queria por perto
Bem junto
Mesmo longe,
Mas podendo te sentir
Sabendo,
Conhecendo a distância exata.
De poder esticar o braço
E te pegar, trazer para mais perto.
Vontade de beliscar, de morder
Quero tanto.
Tenho muito
Mas é pouco para o que eu sonho
Sonho demais
Viajo por todo lado
Todos, mesmo.
E tenho vontades, mas quero um cúmplice.
Que divida,
Misture,
Troque de lugar.
Quero juntar corpos e risadas.
Enfiar dedos, bocas.
Liquefazer vontades, bater,
Misturar cabelos,
Sem diluir.
Sem reduzir.
Só deixando ir.

Estranho

Estranho, mas vc está em mim.

Marcado na minha pele.
Não na carne, só na pele.

Mas vc ainda está aqui.

Teu cabelo está na minha mão,
Tua língua no meu pescoço.
Teu cheiro, tua força.

Pq vc me deixou de perna bamba?
Tonta.

A gente não se quer,
Se quisesse, podia.
Somos nossos donos
Podemos tudo.

Iguais demais.

Mas não queremos dever
Não queremos explicar.
Será que queremos falar?
Mergulhar é perigoso.

Prá nós.
Pq somos livres.

Donos.
Sem donos.


26/04/2001
Futuro

Não paro de querer. Estou viva.

Desejo o meu futuro, pretendo o que é meu.

Só não sei o que é.

Onde está?
Sei que faz parte de mim.

Imagino...

É grande e forte.
Intenso.

Vai me encher. Me completar.
E vai ser inteiro meu.

Como um mar que muda. Varia.
Cresce e encolhe.
Tem raiva, é suave.
Vai e volta.
Muda de cor.
Verde, azul, vermelho,
Aquece e esfria.
Gela, até.
Envolve e sufoca.

Quase afoga

Mas vai sempre vir.
Para me penetrar. Vai sempre me achar.
Porque eu sempre vou estar

Procurando por ele.
Acompanhando
Indócil
Aguçada
Pronta
Aberta.

Eu quero,
E vou viver.


7 de maio, 2001
Gêmea

Meus monstros são bons.
Sou assim. Duas.
E gosto de ser.
Tenho orgulho.
Sou de verdade.
Sou a minha Alice,
Só o que sou.

Ou é tudo?

Mudo, o tempo todo.
Uso máscaras, mas cada vez menos.
Quero outros como eu.

A quem possa surpreender
Mas não assustar.

Quero dar, nunca tirar. Acrescentar.
Tenho de sobra pra dividir, partilhar.

As minhas loucuras
Acredito nelas, sim.
São a verdade.
Simples.
Negação é mentira.
Reconhecer é realidade.

Me reconheço, me quero
Feliz, inteira. Cheia.


De bem comigo.
Em primeiro lugar.


7 de maio, 2001


Cheiro

A empregada quis trocar o lençol,
Eu não deixei.
Quis guardar um cheiro
Um gosto
Que ficou preso
No meu travesseiro
cheiro de homem que sua e
Que se entranhou na minha alma
Ficou misturado aos meus sonhos
Interferindo nas minhas fantasias
Foi embora
Mas ficou aqui
Na minha cama.

Lembrança


Sinto saudade.
Primeiro da expectativa,
Depois do te ver.

Do teu primeiro beijo.
Dos outros, mais fortes.
Um depois do outro.
Crescendo,

A intensidade e o calor.

Sinto falta
Da intimidade cúmplice com mão na mão.
Das tuas mãos em mim.
Queria abrir os olhos e ver os teus,
Apertados, mas me vendo.
Enxergando por dentro

Que vontade de te sentir me pegando,
Abrindo,
Girando meu corpo.

Saudade do teu riso,
Da tua voz no meu ouvido.
Daquele teu jeito de me fazer sentir bem.
Despreocupada e confiante.
Só querendo ser feliz.
E podendo.
Mesmo que por pouco tempo.
E o pouco vale muito,

Mas junto.
Não importa o quanto.

Sela


Alguém me encheu
Completou
Me fez plena,
Repleta, Serena.
Estou mais doce,
Embora mais sedenta.
Menos ansiosa,
Mas com fome.
Cheia de gana,
De vontades,
De desejos sempre insatisfeitos.
Vontade de comer.
Pele, carne, suco
Fome de vida
De gente,
De uma só pessoa.
A que me preenche.
Do meu cavalo encilhado.
A minha sorte?
Acredito.

Dentes

Quero o teu dente na minha pele
Quero tua mão quente
Quero teu olho
Negro, cruzando com o meu

Longe,
Ficando perto.

Quero teu cabelo entre meus dedos
Tua pele nas minhas unhas
Quero respirar teu gosto
Quero lamber teu cheiro
No meio do meu

Me tira o ar
Manda em mim.
Bate.

Quero te seguir,
Quero te perder, me ensinar
Te enroscar,
Quero abrir e fechar
Gritar, saber,
E desaprender sempre
Para aprender de novo,
Sempre de novo.
Novo,
Tudo novo.
Sempre.