SOMBRA
O lugar é sombrio,
Cheio de espuma,
Transbordante,
Vazando,
Vapores de gente.
Tudo é muito úmido,
Calorento...
Abundante,
As risadas,
O suor,
Os olhares prometidos,
Despidos,
Querendo vida.
A jato.
Mas ali,
No meio de tanta névoa,
Com tanto cheiro,
Ninguém é ninguém,
Tudo é nada.
É só moeda,
Que tenta pagar essa troca de forças,
De vontades,
Ansiosas,
E, são só imagens,
Espelhadas,
Torcidas,
Distorcidas,
Reflexos de fantasias,
Como naqueles filmes antigos,
Sem fala.
Em que cada um se mostra,
Exibe,
O que gostaria de ser.
Por um segundo,
Um minuto, ou dois,
Depois edita,
Apaga o que não gostou.
Com sorte ao som de um piano,
Lá ao longe,
O fundo musical.
Mas o filme acaba,
O “the end” aparece bem grande
E a conta chega.
Ali não tem futuro,
Não existe pra sempre.
Pedra falsa,
Vidro brilhante,
Que faísca
Num único instante.
sombra
O lugar é sombrio,
Cheio de espuma,
Transbordante,
Vazando,
Vapores de gente.
Tudo é muito úmido,
Calorento...
Abundante,
As risadas,
O suor,
Os olhares prometidos,
Despidos,
Querendo vida.
A jato.
Mas ali,
No meio de tanta névoa,
Com tanto cheiro,
Ninguém é ninguém,
Tudo é nada.
É só moeda,
Que tenta pagar essa troca de forças,
De vontades,
Ansiosas,
E, são só imagens,
Espelhadas,
Torcidas,
Distorcidas,
Reflexos de fantasias,
Como naqueles filmes antigos,
Sem fala.
Em que cada um se mostra,
Exibe,
O que gostaria de ser.
Por um segundo,
Um minuto, ou dois,
Depois edita,
Apaga o que não gostou.
Com sorte ao som de um piano,
Lá ao longe,
O fundo musical.
Mas o filme acaba,
O “the end” aparece bem grande
E a conta chega.
Ali não tem futuro,
Não existe pra sempre.
Pedra falsa,
Vidro brilhante,
Que faísca
Num único instante.
sombra
